domingo, 21 de setembro de 2008

Apocalipse

Eu vejo tantas coisas e transcrevo pro papel
Um latifúndio de inferno e apenas um alqueire de céu
Já não me escandalizo com tragédias no telejornal
O apocalipse já se tornou banal
O estranho hoje é se importar
Pois é meu amigo, não tenho nem vontade de continuar...

  Jay Khyl

Terror

Um dia desses sentindo o terror imposto pelo silêncio,
Posto pela ausência de tua voz,
Vi-me ao espelho e não desconsiderei
As lágrimas como algo
Parou-se o tempo...

E meu caminhar que fora feliz e só
Agora é melancólico
Pois depois de ti, vivo acompanhado
Pela solidão...

Não posso conceber vê-la e não tocá-la
Desejá-la em devaneios que meu consciente não controla
O coração dispara...

E fico paralisado observando
Os primeiros raios da aurora
Que atenuam a tua falta

Jay khyl

Razão

Os intelectuais buscam razão,
Sobre a razão,
Pela qual a razão,
Não tem razão

Os céticos buscam argumentos,
Sobre provas,
Para descaracterizar fatos notórios

Os moralistas tentam camuflar,
Sua falta de moral,
Com eloqüentes discursos vazios,

Os poetas...

São apenas poetas.

Jay Khyl

Dias de Novembro

Não agüento mais esses dias cinzas
Eu não quero mais neblina na minha

Existência, inópia e inóspita
Nem minha rima quer viver aqui

Assim quero que o ponto final dessa história
Chegue logo, por favor, chegue logo
Chegue logo e mate essa dor

Não agüento mais a imagem do espelho
Não agüento mais tanto desespero
Não agüento mais ser repetitivo

Não quero mais lamentar ao seu ouvido
Que não ouve e eu sei que não quer ouvir
Pois esses dias cinzas todos tiveram ou terão
Sem falir o pensamento mesmo falhando na vida
Do chão é destino, quando esta se esquiva.

Jay Khyl

domingo, 15 de junho de 2008

Me sinto só

Eu me sinto tão só
Me sinto sem voz
Me sinto tão triste

Eu sigo sem rumo
Não enxergo o futuro
Pois meu mundo é você do meu lado

Eu me sinto presa
Não vejo a beleza
Que não seja a beleza dos teus olhos

Eu me sinto tão só
Seu amor ausente é o meu algoz
Entre nós o que há é eterno e infinito

Porque eu te quero tanto
Mas você não sabe o quanto
Estou sofrendo em silêncio e você não vê

Porque eu te quero tanto
Mas você não vê o quanto
Estou sofrendo sem você ao menos saber

Eu sinto sem ar
Sem ti não consigo respirar
Pra te amar não posso nem pensar em sofrer

Eu pressinto que nunca
Serei a mesma ou serei tua
Pois a Lua disse que o amor é ilusão

Porque eu te quero tanto
Mas você não sabe o quanto
Estou sofrendo em silêncio e você não vê

Porque eu te quero tanto
Mas você não vê o quanto
Estou sofrendo sem você ao menos saber.

Jay Khyl

domingo, 13 de abril de 2008

Ponto final

Preso sofro,
Livre paro,
Olho e sonho,
Tenho o que não dá.

Vivo com os restos que até minha caneta falha,
Se conseguir terminar de escrever,

Então...

Vou parar por um instante para encontrar,
Uma frase de efeito para me fazer de genial,

Ponto final!

Jay Khyl

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Beleza verdadeira

Se bela,

Fosse pra sempre minha
Ainda que o pôr-do-sol sejas inquieto
Teria em trova, devaneio e verso
A arte do raiar de um novo dia
Em meio ao caos e a cobiça

Egoísta eu,
De amar-te por inteiro
Ser autor de um conto lancinante
É meu punho fraco
Que me entrega de pranto e fardo
A falta de tê-la como amor,
E mais ainda como amante

Teclas em vão batem
Redes e raios de tecnologia
Que não substituem os pulsos ágeis
Que aceleram ao vê-la

Pela vida, eterna e infinita
Pelo longo e árduo caminho
Certeza tenho,
Que conquistá-la é meu ofício.

Jay Khyl